Azul Linhas Aéreas aprova joint venture com TAP; veja o que muda
A companhia Azul Linhas Aéreas anunciou nesta terça-feira (10) que seus conselhos de administração e de investidores aprovaram a criação de uma joint venture com a portuguesa TAP.
A união das companhias viabilizaria a ampliação de conexões e voos para a Europa e também a unificação de programas de milhagem, por exemplo. A Azul já tem hoje 47% de participação na TAP.
Segundo John Rodgerson, diretor-executivo da Azul, a joint venture tem o objetivo maior de coordenar horários de decolagens e pousos no âmbito do plano de expansão da empresa, que deverá crescer cerca de 20% neste ano.
No Ceará, a Azul tem voos nos aeroportos de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Jericoacoara e Aracati. Além de voos domésticos, a companhia tem uma operação internacional semanal para Caiena. Já a TAP tem seis voos semanais para Lisboa a partir de Fortaleza.
Aprovação
A união das companhias ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Cade (órgão antitruste) no Brasil, e necessita do aval de reguladores europeus. O processo deverá demorar cerca de seis meses, estima Abhi Shah, vice-presidente de Receitas da Azul.
A aérea brasileira também confirmou estar em conversas com United, Avianca e Copa sobre a possibilidade de ingressar na joint venture que as três companhias estrangeiras têm para operações na América Latina. O acordo das estrangeiras não abrange hoje as operações brasileiras.
"O que complica isso [as tratativas] é que Azul está em fase de crescimento e as outras empresas, não. A Azul hoje não será a mesma empresa daqui a cinco anos. Precisamos debater os planos para cinco anos juntos. Temos reuniões marcadas neste mês e em janeiro também", disse Rodgerson.
Investimento
A Azul prevê investir R$ 6 bilhões anuais pelos próximos três anos. A companhia receberá 31 aeronaves novas em 2020 e prevê inaugurar seis novas bases de operação, cinco delas no Brasil.
Com a troca de frota da aérea, a Azul deverá ter como principais aviões o Embraer E2 e o Airbus A321 e A320neo. O Embraer E195, que hoje é o principal avião da frota, deverá ser plenamente substituído até 2023.
Segundo a empresa, os novos aviões têm custo menor por assento e viabilizam operações em cidades menores que antes não eram lucrativas.
"São pelo menos duas aeronaves novas por mês, com mais assentos e que voam mais horas por dia", disse Rodgerson.
Fonte: Diário do Nordeste em 10.12.19