Ceará tem mais de 4 mil empresas estrangeiras

O Ceará tem feito um esforço para se internacionalizar com a implantação da ZPE e a tentativa de atrair investidores externos. Certamente este é o melhor caminho para a indústria depender menos dos resultados da economia local e dos efeitos dos ciclos de expansão e queda do consumo.

A barreira mais difícil deste processo é cultural: as empresas locais são habituadas a colocar seus produtos apenas no mercado interno e não costumam trabalhar em sociedades, com a participação de agentes externos.

No dia 10 de agosto, a Câmara Temática Estadual de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, a Câmara Brasil Portugal no Ceará e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará farão um novo esforço na tentativa de ampliar os horizontes de negociação.

Nessa data será lançado o evento Ceará Global, cuja pauta estará focada na expansão das exportações e na atração de investimento externo direto.

Há também um levantamento desta evolução, com informações disponibilizadas pela Junta Comercial e organizadas pela Câmara Brasil Portugal no Ceará. Pelos dados fornecidos pela entidade, com números de 2013, existem mais de 4 mil empresas no Ceará com sócios estrangeiros. As atividades ligadas ao turismo e ao segmento imobiliário concentraram a atração de negócios, mas ainda falta muito para destravar os processos.

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AGENDA PERMANENTE
O presidente da Câmara Temática Estadual de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Rômulo Alexandre Soares, explica que o Ceará Global pretende manter uma agenda permanente e multilateral.

A ideia do projeto é mostrar como nos últimos anos o Ceará passou por profundas transformações devido ao trabalho de consolidação e de inserção de novas atividades exportadoras e ao ingresso de capitais estrangeiros.

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PRIORIDADES DA INDÚSTRIA
O lançamento do Ceará Global também marcará a apresentação da agenda internacional da indústria cearense para 2017. A Fiec pretende indicar as prioridades de atuação para a inserção internacional das empresas e suas estratégias política e comercial.

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MUDANÇA NO PERFIL DE EXPORTAÇÃO
Quem visitou a área de Complexo Industrial do Porto do Pecém (CIPP) deve ter constatado o impacto das operações da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Talvez este seja o maior exemplo de mudança do perfil das exportações cearenses e de impacto na balança comercial nordestina. Somente as exportações de aço já renderam US$ 482,3 milhões, no primeiro semestre deste ano.

Pelos estudos do Banco do Nordeste, de janeiro a junho, as vendas para o exterior na região totalizaram US$ 8 bilhões. O resultado representa uma elevação de 30,8% em relação a 2016.

Estes números, para muitos, parecem circular apenas no mundo corporativo, sem grande impacto social, mas certamente têm ajudado a manter os empregos locais.

Fonte: Jornal O Povo/Coluna O Povo Economia em 27.07.17

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