A ousadia de ser competitivo

Com uma economia baseada nos setores do comércio, serviços e indústria, o Ceará, terceiro estado mais rico do Nordeste, vem conseguindo, na contramão do País, manter-se competitivo, e com crescimento econômico quando só se ouve falar de crise. 

Muitos desses investimentos, como os hubs aéreo, tecnológico e marítimo, efetivados no ano de 2018, tiveram origem internacional e foram captados para o Ceará porque o Estado se preparou para recebê-los assim como se prepara para receber outros de grandeza semelhante. 

Sob a diretriz do governador Camilo Santana, o Ceará continua sua jornada de lançar-se ao mundo para mostrar que na esquina do Atlântico temos muito mais do que mar, temos um estado com solidez fiscal; exemplo de transparência nas ações; com bom nível de investimento público; e que tem a melhor educação básica do País. 

Temos o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) com uma gigante chamada Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) alavancando a pauta de exportações cearenses escoando sua produção de placas de aço para mundo. Aqui ostentamos um dos melhores ventos do mundo, não só para o lazer do kitesurf, mas para gerar negócios também com energias renováveis e uma forte cadeia produtiva estabelecida. 

São 184 municípios em regiões geográficas diversas com inúmeras potencialidades ainda a serem desenvolvidas.

Quando chegamos em países como China, Coreia, Estados Unidos, França, Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, Emirados Árabes, entre outros, para apresentar o Ceará, somos tratados como um parceiro estratégico, sujeito a parcerias e cooperações, uma via de mão dupla, principalmente quando temos à frente o nosso chefe do Poder Executivo Estadual. Esse simbolismo conta muito na diplomacia internacional. Nessas missões, a troca é constante. 

São muitas experiências e aprendizados também. Temos a oportunidade de conhecer o que melhor se pratica no mundo na área da inovação tecnológica, educação, saúde, segurança pública, pesquisa e desenvolvimento. Na China, por exemplo, temos o exemplo de Shenzhen, uma cidade portuária que era uma vila de pescadores, que foi a primeira Zona Econômica Especial chinesa. 

Com aproximadamente 22 mil habitantes até 1970, viu sua população crescer para quase 2,5 milhões de pessoas. Graças a investimentos em pesquisa e inovação, a antiga vila se transformou em um hub tecnológico e hoje é conhecida como o Vale do Silício chinês. São muitas as similaridades também. Na cidade chinesa de Dalian, cujo acordo de cooperação assinado recentemente prevê intercâmbio com o Estado, temos em comum a economia portuária, o turismo, foco do comércio exterior e o amor ao futebol.

Por outro lado, as áreas de interesses de investimentos desses países também são diversos. Setores como logística; energia; petroquímico; metalmecânico; tecnologia da informação; saúde; serviços; turismos de negócios; bens de consumos; farmoquímico; agronegócio; entre outros, são os mais comuns. Claro que existe um longo caminho até a efetivação de um investimento de fato. 

Mas, nesse processo, o papel do Governo do Ceará é a identificação de oportunidades e projetos estratégicos aderentes ao nosso panorama econômico. Assim, ficamos conhecidos e competitivos no mercado global.

*Artigo de César Ribeiro 

Secretário de Estado - Assessoria para Assuntos Internacionais do Governo do Ceará

Fonte: Revista SIMEC edição 29 


 

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