Crescimento do turismo de negócios impulsiona inovações no setor

Rotina em muitas empresas, as viagens de negócios tem crescido no Brasil. Dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) mostram que no segundo trimestre deste ano o segmento movimentou R$ 2,495 bilhões. Alta de 11,9% superior à verificada em igual período de 2017. De olho neste movimento, o trade turístico está incorporando novas práticas para agregar mais valor aos serviços.

A maior parte destas estratégias passa por inserção de mais tecnologia no uso de dados, sobretudo em mobile, para oferecer um melhor custo-benefício aos clientes.

No Ceará, a Casablanca Turismo lançou uma nova versão da plataforma IGestor2.0, plataforma de gerenciamento de custos em viagens corporativas, que possibilita à empresa analisar o perfil do viajante em tempo real e assim ter maior gerenciamento sobre as viagens das empresas. De acordo com a empresa, a compra de passagens aéreas no período certo e a combinação dos demais serviços como hospedagem, transfer, alimentação, pode trazer economia de até 27%.

O presidente da agência, Régis Abreu, explica que o uso da ferramenta amplia o poder de análise dos executivos nas empresas. "Hoje o que se discute em inovação é o acesso à informação. É isso que as empresas clientes estão demandando da gente. Ou seja, o que fiz, o que posso fazer para ter o melhor custo-benefício, sempre buscando preço, mas também conforto e segurança da viagem até porque este é um investimento muitas vezes alto e do qual se espera um bom retorno".

Já o head de Operações da Argo Solutions, Gabriel Barreiros, diz que uma das principais tendências do setor é trabalhar com a integração de diversos sistemas. E reforça que, apesar das passagens aéreas serem, via de regra, a principal variável de uma viagem corporativa, se não houver planejamento das demais etapas toda economia pode ir para o ralo. "Hoje cada viagem aérea demanda, em média, quatro viagens terrestres".

A preocupação para que o cliente faça uma melhor gestão de custos não é à toa. Para muitas empresas, as viagens corporativas estão entre as principais despesas. No hotel Gran Marquise, é a terceira, perde apenas para investimentos em tecnologia da informação e folha de pessoal, explica a gestora de viagens, Magda Nobre. "Entre 10 a 15% dos nossos colaboradores viajam, então, é importante que o gestor esteja atento, acompanhar a logística para poder se antecipar".

O presidente da GBTA Brasil (Global Business Travel Association), Fernão Loureiro, chama atenção também para capacitação dos profissionais que operam as ferramentas e a necessidade de auditorias. A analista de viagens da Solar Coca Cola, Alessandra Guimarães, explica que entender o perfil de cada viajante é fundamental para estabelecer as políticas de viagem da empresa, bem como otimizar processos. "Por sermos uma empresa do Nordeste a demanda de viagens é grande."

Custo
Casablanca Turismo lançou uma nova versão da plataforma IGestor2.0, que possibilita à empresa analisar o perfil do viajante em tempo real.

Fonte: O Povo em 08.10.18

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