Distrito Criativo do Centro de Fortaleza é apresentado na Associação Comercial do Ceará
Ontem, na Associação Comercial do Ceará, representantes das Câmaras Brasil Portugal no Ceará, Braduch, Brasil China, Amcham e empresários do comércio estiveram reunidos a convite de João Guimarães para ouvir a apresentação da Prof. Claúdia Leitão (Observatório Fortaleza, Iplanfor) sobre o futuro Distrito Criativo do centro de Fortaleza.
Segundo o vice-presidente da Câmara Brasil Portugal, Rômulo Soares, “esse olhar para o centro de Fortaleza envolvendo a criação do distrito criativo é estratégico para a Câmara Brasil Portugal, na medida em que a experiência portuguesa tem sido utilizada pela prefeitura na construção de um modelo para Fortaleza”. Segundo ele, “também é muito oportuno que essa mesma atenção esteja sendo dada por parte das outras 6 Câmaras estrangeiras com atuação no Ceará (portuguesa,italiana, americana, alemã, chinesa, holandesa e israelense) em face do movimento que seus países fazem em torno da economia criativa e a nova revolução tecnológica”. As novas conexões aéreas cidade de Fortaleza com a maioria desses países, colocam à cidade novos desafios, mas grandes possibilidades para a construção de um novo modelo de sociedade”, conclui.
Sobre esta articulação a Prof. Cláudia Leitão diz: “O Iplanfor através do seu observatório de governança da cidade de Fortaleza, vem divulgando junto as associações de classe, as representações da sociedade, as universidades, aos lideres de bairros, aos representantes de diversos setores da economia o plano Fortaleza 2040 com os seus 33 anos, entre eles o plano de economia criativa, na verdade esse plano de Economia Criativa de Fortaleza afinado com a Rota Estratégica da Federação das Industrias, também uma rota de economia criativa, é um produto que propõe para a cidade de Fortaleza um novo eixo de desenvolvimento, dessa feita vinculado aos setores da chamada economia criativa. Uma economia que vincula a criação, produção, comercialização e exportação de bens e serviços de alto valor agregado, que envolve a identidade cultural, ciência e a tecnologia. Nesse sentido entre as ações do plano de Economia Criativa, do Fortaleza 2040 e a Rota Estratégica da Federação das Industrias está a implantação de um primeiro distrito criativo na capital do Ceará. Esse distrito criativo tem um perímetro que está entre o bairro da Praia de Iracema e o Centro da Cidade, o que nos leva a compreender e enfatizar a importância desses bairros para um turismo cultural e criativo, que nós precisamos inaugurar no momento em que o Ceará recebe um hub de voos internacionais e nacionais cada vez maior, o que deve abrir para nós a possibilidade de uma presença turística mais importante na cidade. A necessidade de oferecermos aqui na capital estruturar um verdadeiro destino turístico cultural. Os equipamentos culturais da capital estão no centro, há muitos empreendimentos de natureza criativa, nós vamos trabalhar com 5 setores no sentido de uma maior relevo e importância pra eles. Eu me refiro aqui ao audiovisual, a moda, o design, a gastronomia e ao artesanato. Esses setores serão no primeiro momento apoiados no sentido de serem atraídos para esse perímetro. Precisamos fazer do centro da cidade, portanto, um lugar onde se possa estudar, onde se possa viver, onde se possa consumir bens e serviços criativos, onde se possa ter uma grande atividade cultural e tudo isso vai retornar no sentido da economia, precisamos fazer do centro da cidade, da praia de Iracema uma grande vitrine dos produtos cearenses. A nossa capital dentro desse distrito criativo representado deve ser um espaço do novo, da inovação, do apoio a diversidade , da criação de uma marca Ceará, de uma marca Fortaleza e de seus produtos, mas especialmente deve ser um espaço de inclusão, inclusão da sua juventude, de formação, dos jovens que poderão trabalhar nesses setores criativos, esse é o desafio do primeiro distrito de economia criativa da cidade de Fortaleza, essa apresentação feita ontem na Associação Comercial ela representa mais um passo no sentido de trazer para perto do projeto os profissionais do comércio, que hoje trabalham em Fortaleza e fazem do centro da cidade um centro muito vivo nós precisamos estar juntos para tornar o centro mais bonito, um centro menos violento, um centro de cidade cada vez mais humano, trazendo mais qualidade de vida, que olhe para as populações mais vulneráveis, os moradores de rua, que possa aos poucos ir incluindo as pessoas que tem sido excluídas dessa lógica de um sistema muito concentrador de renda e que põe fora dos processos produtivos grande parte da população, esse é o grande desafio do distrito criativo.”
Fonte: CBPCE em 04.07.2018