Setor metalomecânico do CE cresce 53,8% em exportações

O setor metalomecânico do Ceará registrou um aumento de 53,8% nas exportações no primeiro mês de 2018. Enquanto que, em 2017, as vendas acumuladas ao exterior do setor somaram US$ 63,7 milhões, o volume de vendas, em janeiro, já atingiu o patamar de US$ 97,9 milhões. O segmento é responsável por mais da metade (54,2%) das vendas externas do Ceará. Com isso, o Estado passou a ocupar a oitava colocação no ranking dos principais estados exportadores do setor, uma acima da que terminou 2017. As informações, divulgadas, ontem, fazem parte do estudo setorial elaborado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Os principais produtos exportados foram outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, com o volume de US$ 92,08 milhões; barras de ferro ou aço não ligado (US$ 2,91 milhões); produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado (US$ 1,24 milhões); ferro sílico (US$ 409,24 mil); e desperdícios e resíduos de cobre (US$ 292,96 mil).

O levantamento aponta que, por destinos, o México – principal comprador dos produtos do setor em 2017 – ainda não realizou compras em 2018. Contudo, o ranking dos principais destinos das exportações de metalomecânico é liderado pela Alemanha (US$ (US$ 25,38 mi, alta de 4.061.990,1% sobre 2017), que, junto com Coreia do Sul (US$ 24,38 mi) e os Estados Unidos (US$ 24,33 mi) compram mais de 75% dos produtos de aço. A China, por sua vez, segue com US$ 6,62 mi (alta de 7.934,2% sobre o volume destinado em 2017).

Importações
Já as importações do setor caíram 21% de 2017 para 2018, chegando a US$ 31,4 milhões. Tal queda impactou consideravelmente no saldo da balança comercial, que apresentou um superávit de US$ 66,5 milhões. A China (US$ 6,62 mi) se mantem como principal fornecedor do Ceará, apesar da queda de 37,2%.
Destacam-se entre os produtos importados, em volume, os redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e variadores de velocidade, incluindo conversores de torque, com US$ 2,21 mi (alta de 20,3%); produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado (US$ 1,98 mi); e partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores etc., com US$ 1,78 mi (alta de 105,2%).

Ceará em Comex
O “Ceará em Comex” é um estudo de inteligência elaborado mensalmente pelo Centro Internacional de Negócios da FIEC, que retrata o panorama do comércio exterior do estado. Na última edição, o estudo revelou que as exportações cearenses apresentaram em janeiro crescimento de 15,3% em relação a igual mês de 2017, alcançando US$ 180,5 milhões.
As importações cearenses, de um modo geral, registraram expressivo crescimento, de 43,84% em janeiro em relação a dezembro de 2017 (US$ 135,4 milhões), chegando a US$ 194,8 milhões – enquanto que, sobre janeiro do ano passado, a elevação seja de 4,1%. Apesar disso, as importações registraram o segundo menor valor registrado desde o início da série histórica, no ano 2000 – ficando à frente, apenas, de 2016. Como resultado de tais trocas comerciais, a balança cearense fechou o mês de janeiro com déficit de US$ 14,3 milhões. Apesar do resultado, foi o melhor desempenho para o período no comparativo dos últimos cinco anos.

Fonte: O Estado do Ceará em 27.02.18

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