Exportação de frutas rende US$ 22 milhões

Com o início da temporada de exportações de frutas pelo Porto do Pecém, os produtores estimam um faturamento de pelo menos US$ 22 milhões nas quatro primeiras semanas do período, o que compreende as duas últimas semanas de agosto e as duas primeiras de setembro. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Frutas (Abrafrutas) e sócio da Agrícola Famosa, Luiz Roberto Barcelos, o número ainda é uma estimativa para o início dessa temporada. A expectativa, segundo ele, é que os números piorem à medida que se aproxima o fim da temporada, em meados de fevereiro de 2018. "Eles devem cair mais, cerca de 20%, totalizando US$ 75 milhões".

"Nessas quatro primeiras semanas, o volume de frutas exportado caiu cerca de 15%, em relação ao comparativo com o ano passado. Foram 22 mil toneladas de frutas, contra 26 mil toneladas nas primeiras semanas da temporada de 2016", disse.

Crise hídrica
Ele explicou que essa queda está diretamente relacionada à crise hídrica no Estado e que muitas empresas do setor estão agindo para reverter o quadro.

"A queda no faturamento pode se acentuar por conta da seca. Muitos produtores estão mudando para outros estados onde há condições hídricas melhores. Além disso, estamos buscando perfurar poços para manter a produção", disse ele.

Barcelos afirmou ainda que nesta safra houve uma redução de cerca de 20% na área plantada. Segundo ele, isso afeta diretamente a quantidade de empregos gerados no setor e o volume de frutas produzido. "Esses números estão abaixo do ano anterior", completou.

Segundo o presidente da Abrafrutas, os principais destinos das exportações através do Porto do Pecém são Inglaterra, Holanda e Espanha. "As frutas mais exportadas são melão e melancia", acrescentou.

Acumulado do ano
Segundo informações da Cearáportos, até o mês de agosto, o Porto do Pecém exportou 49.044 toneladas de frutas, um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 47.306 toneladas.

O melão, de acordo com a Cearáportos, foi a fruta mais exportada nos dois anos (26.556 toneladas até agosto deste ano), "seguido da manga, melancia, castanha de caju entre outras frutas, que também não variaram a posição no ranking entre os anos", destacou a empresa.

A maioria das frutas, conforme a Cearáportos, tem origem do Rio Grande do Norte (71,5%), seguido do Ceará (10,9%), Pernambuco (9,3%), Bahia (8%) e outros estados (0,3%). Os principais destinos das exportações são: Holanda (33,6%), Grã Bretanha (25,4%) e EUA (22,5%).

Fonte: Diário do Nordeste em 15.09.17

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