Sudene vai reduzir exigências para concessão de financiamento
Com apenas R$ 400 milhões contratados, dos R$ 1,4 bilhões disponíveis para este ano, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) vai flexibilizar as regras para o acesso a financiamentos a partir do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Dentre as mudanças previstas, está a redução de exigências e ampliação dos segmentos que poderão ser contemplados com recursos. A expectativa é de que o novo decreto seja publicado ainda este mês.
Desde que foi recriada, em 2007, a Sudene investiu pouco mais de R$ 25 bilhões em 35 projetos de grande porte de 13 setores da economia. A maior parte deles no setor eólico que respondeu com 17 projetos. No Ceará, atualmente, 12 projetos eólicos estão em andamento, com investimentos que somam R$ 1,77 bilhão. Outros dois projetos de eólicas foram aprovados este ano e estão em fase de contratação com bancos.
Porém, o acesso a estes recursos pelos empresários, que tem juros abaixo do mercado (entre 7,35% a 8,10% ao ano), ainda é muito difícil. Além de ter reduzido o percentual de financiamento pela Sudene de 100% para no máximo 75%, a quantidade de documentos exigidos é considerado um entrave.
No ano passado, a Sudene já tinha anunciado a inclusão da indústria naval e de aviação, infraestrutura hospitalar e educacional, e da agricultura irrigada nos setores prioritários para receber o crédito. Além da flexibilização do valor mínimo de investimentos para ter acesso ao FDNE, que antes era de R$ 50 milhões, e que passou a ser a partir de R$ 5 milhões, dependendo do impacto gerado no entorno. “O novo decreto é fruto da nossa percepção de que o fundo tem uma burocracia excessiva”, adianta o economista da Sudene, Ademir Vilaça.
Com informações do jornal O Povo
Fonte: CBPCE em 08.09.17